Pela união das livrarias A nova diretoria da AEL RJ vai priorizar a unidade; “Da Travessa, hoje a mais importante livraria carioca, à pequena livraria do subúrbio”, disse o secretário geral Marcos Viniciu Cunha; “nossa riqueza está em o quanto somos diferentes”, destacou a presidente Danielle Paul.
A liderança da AEL RJ na reunião de posse da nova diretoria Como primeiro passo da plataforma É preciso remar, Danielle convidou para a posse da diretoria, nesta segunda, 17, o pesquisador Aníbal Bragança, primeiro a integrar o Conselho de Notáveis, proposto por ela, com nomes de importância histórica no mercado. Aníbal Bragança é pesquisador e escritor, foi livreiro e, até recentemente, diretor da editora da Universidade Federal Fluminense, em Niterói, e diz que o ofício de livreiro, exercido por 21 anos, foi o que mais lhe agradou. Sua livraria de maior repercussão, a Passárgada, em Niterói, onde teve duas outras, inovou na década de 60 com salão de chá e auditório. Hoje, Aníbal pesquisa sobre o mercado do livro e se sente feliz por ver o ofício de livreiro estudado como ciência, o que, segundo ele, eleva a autoestima da classe. A partir de sua tese de mestrado, Aníbal lançou; Livraria Ideal; do cordel à bibliofilia, livro sobre a mais antiga livraria de Niterói, 82 anos, ainda em funcionamento no Centro; Francisco Alves, o Rei do Livro, sobre o livreiro e editor; e Dois séculos do livro impresso no Brasil. Aníbal foi um dos fundadores da Associação Nacional de Livrarias e articulou uma associação estadual de livrarias e papelarias. Ele prevê tempos árduos para a diretoria que assume a AEL RJ por causa da guerra cultural promovida pelo atual “desgoverno”. Vai ser mais difícil, segundo Aníbal, conseguir a Lei do Preço Fixo, e lutar para que o livro não seja taxado. Mas acredita que a união para enfrentar esses tempos será facilitada pelos encontros virtuais, como foi o da posse da nova diretoria com participação de livreiros em diferentes cidades do estado. Rui Campos, da Livraria da Travessa, lembrou que o mundo do livro vive do passado, do conhecimento acumulado, mas ao saudar a nova diretoria disse que a palavra de ordem é bola para frente e que está ansioso pelas novas possibilidades de ação. Lembrou que a vice-presidente, Eva Kaufman, representante da Travessa na diretoria, foi resgatada para o mundo do livro depois de ter trabalhado com ele na Livraria Muro, na década de 80 e de lá ter partido para outras experiências que irão contribuir na sua participação na AEL. Além da presidente Danielle Paul, da Castro Alves, de Araruama, da vice Eva Kaufman, da Travessa, do Rio, a chapa É preciso remar conta com Anna Valle, da Gallerya Bookshop, de Petrópolis, como primeira tesoureira. Os demais integrantes estão baseados no Rio e são Alécio Alvico, da Eldorado, como segundo tesoureiro; Marcos Viniciu Cunha , do Buriti Sebo Literário, como secretário geral; e, no conselho fiscal, Denilsa de Souza, da Lumen Christi, Eloine Corazza, da Paulinas e Felipe Moreira, da Vozes. Também participou da reunião, como representante do vereador Reimont, Presidente da Comissão do Livro e Leitura da Câmara Municipal, a assessora dele, Leila Tavares, que reafirmou a intenção do vereador em continuar com o apoio à AEL na reivindicação de isenção de IPTU para as livrarias cariocas e na volta do Vale Livro distribuído aos professores da rede municipal. Reimont e Leila já haviam se reunido com a presidente Danielle Paul e o tesoureiro Alécio Alvico antes da posse da diretoria para discutir novas estratégias que permitam a realização dessas metas . De acordo com a ideia de união da chapa É preciso remar , outro ítem da plataforma propõe maior aproximação com as entidades ligadas ao livro e, na reunião, a secretária da AEL, Elaine Bosco, leu a carta do presidente da Associação Nacional de Livrarias para Danielle Paul. Nela, Bernardo Gurbanov parabeniza a nova diretoria em nome dos diretores da ANL e se coloca à disposição “para que juntas nossas Associações possam contribuir para o êxito do setor do livro em nosso país”. Abaixo as propostas da chapa É preciso remar: 1) Aumentar a representatividade da AEL. Na cidade do Rio de Janeiro existem cerca de 170 livrarias. No estado o número ainda é desconhecido.
18/05/2021 |