Livreiros do sul recebem ajuda

Entidades do livro se mobilizam em solidariedade às livrarias afetadas pelas inundações causadas pela chuva recorde em maio no Rio Grande do Sul e pedem colaboração.

Livraria Taverna  no Centro Cultural Mario Quintana em Porto Alegre

"Difícil ver um sonho e um trabalho de dez anos ser levado e destruido pela água, por causa da imprudência do poder público e pelo negacionismo climático", lamentou o livreiro Ederson Lopes, sócio da Livraria Taverna localizada no Centro Histórico de Porto Alegre.

Ela foi uma das  livrarias da capital gaúcha inundadas : "Conseguimos isolar os livros, mas parte do acervo já demonstra desgaste. A umidade do ar está muito elevada e, por ser um material extremamente sensível, é possível que muitos livros  sejam perdidos."

"Neste momento, a nossa prioridade  é pagar os funcionários. Como nós, eles  também foram atingidos pela enchente, estão sem luz, sem água e precisam receber o pagamento do salário", diz Ederson.

Além da Taverna, as livrarias  inundadas foram  a Paulus, Paulinas, Macum, Ama Livros, Cameron, Viva Livros e JBL, em Porto Alegre; Intelectual, em Montenegro e Santos, em Canoas.

A 1ª Feira do Livro da Restinga,  programada para o último fim de semana de abril já havia sido adiada "por questões climáticas" para o próximo fim de semana, 17 e 18 de maio, mas foi novamente adiada.

Iniciativa da Câmara Rio Grandense do Livro, nos moldes da que tradicionalmente é feita no Centro da cidade,  a Feira visa descentralizar a oferta de cultura  dando uma opção para os moradores da Restinga, um dos bairros mais populosos da cidade.

"A 1ª Feira do Livro da Restinga acontecerá. Não neste momento mas quando nosso espírito voltar a ser leve e o nosso coração menos apertado", informou a Câmara  do Livro que tem recebido doações para os livreiros gaúchos conforme diretriz abaixo.

Kleber Oliveira

13/05/2024