Campanha contra venda de livros nas escolas Imprimir E-mail

Com anúncio de meia página  no caderno Zona Sul e no caderno  da Tijuca do Jornal  O Globo,  a AEL prossegue com a campanha no ínício de cada  ano letivo contra a venda de livros pelas editoras nas escolas. Concorrência desleal com sérios prejuizos para as livrarias.

 

A campanha da AEL contra  venda de livros  nas escolas

 

O anúncio publicado na seção de educação dos dois suplementos lembra que “ escolas são estabelecimentos voltados à educação e ao ensino e não  estabelecimentos de varejo”. E no final reconstitui a cadeia do livro que deve ser respeitada : o autor escreve, a editora publica, a livraria vende e a escola ensina utilizando o livro.

Para Milena Duchiade, da Livraria Leonardo da Vinci, os anúncios publicados pela associação podem não dar resultados imediatos mas são parte de uma campanha educativa: “ ninguém é obrigado a seguir mas se faz uma guerra de boca para conquistar corações e mentes”.

Solange Whehaibe da Livraria Veredas em Volta Redonda diz que ali um colégio vende todos os livros em 6 prestações: “Isto significa que as editoras deram a eles melhores condições do que para livrarias. Perdemos um número  significativo de clientes.”

Para  ela os anúncios da  AEL, publicados há 5 anos no ínicio do ano letivo  em jornais cariocas poderiam ser feitos também em jornais das regiões dos Lagos e do Vale do Paraiba: “Vamos fazer valer o ditado: água mole em pedra dura tanto bate até que fura"

Berenice de Carvalho do Bazar Tia Berê, na Ilha do Governador, reclama de editoras que dão 50 por cento de desconto e prazo diferenciado para escolas particulares do bairro:

“Não entendo porquê desse procedimento  das editoras, uma vez que somos os reais  e fiéis clientes durante o ano todo”.

Este mês houve também  o caso de uma diretora de escola particular da Ilha do Governador que foi ao Bazar Tia Berê reclamar de forma grosseira  pelo fato de a loja vender a lista de material que deveria, segundo ela, ser exclusividade de uma outra livraria indicada pela escola.

O anúncio da AEL alerta  : “as escolas são obrigadas a divulgar a lista de material para que pais, alunos e responsáveis possam pesquisar melhores condições de atendimento, preço ou pagamento”.

Lembra também que comprar livros escolares nas livrarias dá às crianças “uma ótima oportunidade para descobrir o prazer da leitura e o mundo encantado dos livros”, criando o hábito de frequentar livrarias.  .