Livrarias ainda lideram na venda de livros Imprimir

Apesar da concorrência crescente de outras formas de comercialização de livros, as livrarias mantêm a liderança no mercado. Foi o que constatou a pesquisa "Produção e vendas do setor editorial brasileiro” divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).

 

Sonia Jardim (SNEL) e Karina Panza (CBL) falam da pesquisa

Sonia Jardim (SNEL) e Karina Panza (CBL) falam da pesquisa

 

Os dados, referentes ao ano de 2010 revelam que entre os meios de comercialização de livros, o que mais cresceu foi o de venda porta a porta/ catálogos, que passou de 16,65% para 21,66% do mercado em números de exemplares.

As livrarias continuam na liderança tanto em número de exemplares com 40,51%, quanto em termos de faturamento, onde a participação cresceu para 62,70% do mercado.

Os dados foram divulgados terça feira, 16, na sede do SNEL com a presença da presidente do sindicato Sonia Jardim e da presidente da Câmara Brasileira do Livro, Karina Panza. Eles foram colhidos pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE/USP).

Mas a pesquisa não traz uma quadro real da venda pela internet, pois quando esta é feita através dos sites das livrarias entra como venda através de livraria. A participação da internet por isso ficou com 1,54% do mercado, restrita à venda informada pelas editoras.

A pesquisa revela que o brasileiro comprou mais livros em 2010, com aumento de 13,12% com relação ao número de exemplares vendidos em 2009 e o faturamento no setor editorial cresceu 8,12% indo para em torno de R$ 4,5 bilhões, inclusas aí as compras do governo.

Os campeões na área editorial são os livros didáticos, com 45,72% do mercado, seguidos pelos religiosos, com 10,30% e pela literatura adulta com 8,05%. Em quarto lugar vem a literatura infantil com 5,38%.

A área que mais cresceu em 2010 foi a edição de livros religiosos, com aumento de 35,99% em relação ao ano anterior, seguida pela de livros didáticos com aumento de 28,19% e obras gerais com 24,33%.

A pesquisa, feita sob encomenda do SNEL e da CBL, é uma estimativa feita a partir de uma amostra de editoras. Este ano foram 141 editoras participantes, que representam 56% do universo do setor em termos de faturamento.

Os dados informam que existem hoje no Brasil 750 editoras ativas. Destas, 498 se enquadram na definição da Unesco para editora; editam pelo menos 5 títulos ao ano e produzem pelo menos 5 mil exemplares no mesmo período.

Dentre essas 498, são 16 editoras que faturam acima de R$ 50 milhões; 62 entre R$10 e R$50 milhões; 189 que faturam entre R$ 1 e R$ 10 milhões e 231 editoras com faturamento de R$ 1 milhão por ano. A íntegra da pesquisa está no site da CBL www.cbl.org.br.