A confraternização de fim de ano da AEL Imprimir

Foi uma noite de segunda feira animada,dia 10, regada a culinária árabe em um tradicional restaurante do Centro,onde houve sorteio de um notebook para as livrarias participantes. Mas, como nas reuniões mensais da AEL, a impressão era de que mais livrarias poderiam ter prestigiado o evento.

 

O presidente Antônio Carlos, a diretora Milena, a livreira Daniele e sua filha Clara com o notebook sorteado

O presidente Antônio Carlos, a diretora Milena, a livreira Daniele e sua filha Clara com o notebook sorteado

 

Para o presidente da AEL, Antônio Carlos de Carvalho, da Galileu, a confraternização reflete as reuniões mensais da entidade em que poucos trabalham por muitos: " Vai sempre uma meia dúzia de cinco" diz ele. Na noite da confraternização das 55 associadas, nove estiveram presentes.

A Livraria premiada com o notebook foi a Castro Alves, de Araruama, representada pelos donos , o casal Sergio Silva e Daniele Paul, com a filha de 5 anos Clara, que foi quem rodou o globo e retirou a bola de número 7 .

Segundo Daniele, a Castro Alves participa não só da festa de fim de ano , mas das reuniões mensais pela possibilidade de troca de idéias com livreiros que não é possível em Araruama onde existe apenas a livraria deles. Para ela os livreiros presentes na confraternização mostram em comum a paixão pelo livro e não vêem o ofício apenas como um negócio.

O fato de a filha ter sorteado o notebook para a livraria teve para Daniele um significado simbólico pois Clara, quando não está na escola, fica na Castro Alves onde 33 por cento do acervo é para o público infantil: " Ela nos ajuda com as outras crianças, ensina o manuseio e diz para elas não machucarem o livro. Falou que com o notebook vai trabalhar igual o pai".

Outra que veio de longe foi Solange Whehaibe da Livraria Veredas em Volta Redonda. Além de viajar especialmente para a confraternização ela costuma estar regularmente no Rio para as reuniões mensais na sede da AEL. Solange foi uma das fundadoras da Associação e disse que é preciso esse compromisso para manter viva a entidade.

"Se todos desistirem, a Associação acaba" diz a livreira da Veredas. Ela informa que ano que vem, quando a AEL completa 20 anos haverá uma reunião das livrarias do Estado em cidade a ser escolhida. "Não interessa quantos participantes teremos" avisa , "nosso papel é fazer" e acrescenta que a confraternização de fim de ano esteve muito boa.

Alberto Abreu da Livraria Padrão, que está com 90 anos de idade, também compareceu e diz ter fechado a loja um pouco mais cedo para estar presente na hora marcada. Segundo ele, as reuniões já foram mais prestigiadas nos primeiros anos da entidade. Diplomático, diz que hoje os livreiros estão presos a compromissos que os impedem de ir.

Para ele a confraternização foi uma oportunidade de rever amigos e dar o reconhecimento ao trabalho da atual diretoria da Associação , em especial ao de Milena Duchiade, da Leonardo da Vinci, que, segundo ele, parece ter 30 ou 40 anos como livreira, apesar de ter iniciado no ramo há cerca de 15.

As livrarias representadas na confraternização foram Baratos da Ribeiro, Castro Alves, Folha Seca,Galileu, Leonardo da Vinci, Livraria da República, Padrão, Paulinas e Veredas. A próxima reunião mensal na sede da AEL será em fevereiro do ano que vem.