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Temas Cariocas


A Rua do Ouvidor, no Centro do Rio, foi endereço de muitas livrarias desde o século XIX.  Hoje, tem duas; uma loja  da Saraiva e a independente Folha Seca, do livreiro Rodrigo Ferrari.

Elas são tendências do mercado no século XXI; uma com acervo geral onde o livro disputa espaço com diversos produtos, outra onde ele predomina e se aprofunda em  determinados  assuntos.

Desde que foi vendedor aos 20 anos, na extinta Dazibao, Rodrigo sonhou  em ter uma livraria  com  livros sobre futebol  e assuntos relacionados ao Rio de Janeiro, como samba, choro e a história da cidade.

A Folha Seca materializou o sonho e, no nome, homenageia o lance inventado pelo craque Didi do Botafogo e também o samba de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito: Quando piso em folhas secas/caídas de uma mangueira/penso na minha escola/ e nos poetas da minha estação primeira.

Depois de mudar do Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica para a Ouvidor, a Folha Seca se notabilizou pelas rodas de samba e choro que promove em frente à loja.  Logo, elas tiveram a adesão dos comerciantes do entorno e nesse trecho antigo da cidade a livraria encontrou sua vocação para a festa e para agregar pessoas.

Rodrigo Ferrari é um ex-estudante de história que tem fascínio pelo Rio Antigo e por seus personagens. Em 2009 sua livraria homenageou o livreiro e editor Paula Brito, que então completava 200 anos de nascimento. Ele foi o primeiro a editar Machado de Assis e primeiro de uma série de homenageados que a livraria elege a cada ano.

Este ano foi a vez da Folha Seca ser homenageada no romance  a Hipótese Humana, de Alberto Mussa , lançado pelo Record. A história se passa no século XIX e em determinado trecho relata que o personagem Elesbão “ia exclusivamente a célebre livraria do Ferrari, na rua do Ouvidor 37.”

Hoje a Folha Seca é também editora, fiel ao segmento da livraria. Lançou livros sobre a música no século XIX, sobre o cartunista J. Carlos, livros do compositor Hermínio Bello de Carvalho, livros de arquitetura e teatro como o recém editado Lembrança Gravada, de Angela de Castro Reis  com biografia de artistas que  são nomes de ruas na cidade.

Recentemente Rodrigo estreou como escritor no mercado editorial no livro O meu lugar, da Mórula, organizado por Luiz Antonio Simas e Marcelo Moutinho onde assina uma crônica que junta seus assuntos prediletos: futebol e Rio de Janeiro.

Em 2012 por indicação do então vereador Eliomar Coelho que o chamou de “o mais carioca dos livreiros”, Rodrigo foi condecorado com a medalha Pedro Ernesto na Câmara dos Vereadores pelos serviços à cultura da cidade prestados pela Folha Seca, a pequena notável.

 

 

 

Porque um flamenguista homenagear uma jogada de um craque do Botafogo?

Sempre curti futebol e sou rubro-negro doente, mas quando pensei em uma livraria bastante voltada para o assunto o nome Folha Seca surgiu como um achado. Também remete à folha do livro e à música do Guilherme de Brito com Nélson Cavaquinho.  Se alguém vem me cobrar que fiz homenagem ao Botafogo digo “Mas o Didi era do Madureira”. O nome é muito bom e suplanta qualquer clubismo. Com escola de samba não tenho muito essa paixão clubística. Gosto da Mangueira, como gosto da Vila Isabel, porque passei um tempo no bairro, como gosto do Salgueiro porque sou da Tijuca. É diferente do futebol onde tenho essa coisa mais de camisa. Tenho um olhar diferente para a disputa das escolas de samba.

Como aconteceu sua estreia na literatura com a crônica Maracanã?

De vez em quando escrevo. O livro da Mórula são vários autores que escreveram sobre bairros da cidade. Quando o Simas me convidou já sabia que eu tinha esse texto. Já fiz algumas crônicas. Minha primeira experiência editorial foi uma revista sobre choro que durou pouco mais de dois anos, de 95 a 97.  Nela, todos os textos não assinados eram meus. A partir daí fui chamado para participar de publicações sobre choro. Fazia muita biografia de chorão. Gosto de escrever, mas não sou um trabalhador disso. Esse livro foi muito bacana de participar junto com o Nei Lopes, Aldir Blanc, o Beto Mussa que para mim é um dos grandes escritores do momento. Apesar de tijucano fiquei com o Maracanã, esse bairro meio híbrido que é parte da Tijuca. Como rubro-negro apaixonado contei uma história verídica que presenciei. É uma coisa meio engraçada.

E como surgiu o time da Folha Seca?

Incentivado por um amigo, o Maurício Cordeiro, Presidente, criamos a pelada em torno da livraria. É aos domingos às oito da manhã. Começou em 2008 e dá para contar nos dedos de uma mão as vezes em que não houve; jogamos no Natal, Dia dos Pais, Dia das Mães. Depois, invariavelmente, vamos para um botequim da cidade. Frequentamos costumeiramente vários, mas de vez em quando fazemos incursões por outros. O nome da pelada é Folha Seca Gelobol Clube. Gelobol porque nossa função social como agremiação é o gelobolismo, a cerveja que tomamos depois da pelada. O Vítor, dono da Mórula joga, o Écio, que criou a FLUPP, foi algumas vezes, o Gel Brito, do Centro do Teatro do Oprimido, o Bernardo, dono do Antigamente. Domingo será o churrasco de nove anos da pelada e faremos aqui nesse complexo em frente à Folha Seca, que chamamos de nossa sede social. Temos sede campestre, na casa de um amigo na serra, onde vamos de vez em quando. É uma brincadeira que serve para dar uma liga muito importante. Todo ano fazemos uma camisa diferente. É essa coisa da carioquice, algo vago, mas que ao mesmo tempo é prezar a reunião de amigos, o convívio fraterno em torno da cerveja, do futebol, do papo agradável.

Na política suas posições são mais rígidas que no futebol?

O clubismo é uma coisa que tem de ser valorizada. A diversidade de torcidas. Com relação à política tenho uma postura bem firme e convicta. Geralmente a livraria tem mais livros de esquerda, questionando o momento atual. Nesse aspecto privilegio a minha convicção política. Óbvio que não me furto a vender livro algum, mas a minha especialidade, que chamei de temas cariocas é em função do meu interesse. Tenho livros de futebol, música, história do Rio de Janeiro e, nesse viés político, vou ter sempre os livros do Jessé Souza, livros que relacionam o jogo do bicho com a ditadura, como o do Chico Otavio e do Aloy Jupiara, vou privilegiar sempre os assuntos mais à esquerda porque essa é a minha convicção. Livros que busquem favorecer a contestação e não essa massa de manobra que costumamos ver nos meios de comunicação. Os meus clientes tem mais ou menos o meu perfil. Óbvio que há pessoas aqui que pensam diferente de mim politicamente. Mas o tipo de frequentador da loja não se acanha com isso. E se alguém quiser um livro posso encomendar, mas prefiro ter e expor os livros de contestação.

A Folha Seca tem identificação com São Jorge?

É uma confusão engraçada. Na verdade o aniversário da livraria é no Dia de São Sebastião. O Dia de São Jorge é o Dia do Choro, dia de nascimento do Pixinguinha. Na questão religiosa sou simpatizante, mas ignorante.  Gosto de São Sebastião por ser o padroeiro da cidade, de São Jorge, por ser o santo guerreiro. Sou católico por tradição familiar mas não tenho formação . A livraria tem uma seção bastante forte de temas afro-brasileiros.  A Daniela Duarte, minha ex-sócia, tinha uma relação muito forte com a religião e vários amigos também. Isso é uma coisa natural da livraria porque ela responde aos anseios dos frequentadores. Essa seção de temas afro-brasileiros dá super certo, tenho várias coisas de história nesse viés, sobre o tráfico atlântico, a questão dos escravos. A parte do Povo de Santo traz muita gente e já existe uma bibliografia vasta. Tenho na livraria meu altarzinho com São Jorge, Zé Pilintra, São Sebastião, Iemanjá, minhas simpatias. Mas não domino os símbolos, os ritos. Me considero um marxista, umbandista, candomblecista do sétimo dia, rubro negro. Isso por ignorância. Por convicção talvez fosse ateu. Mas sou agnóstico. Tenho uma formação meio materialista mas muito crente principalmente nas coisas futebolísticas.; mil crendices sobre às vitórias e derrotas do Flamengo.

Como foi o começo da livraria no Centro de Arte Helio Oiticia, um artista bem carioca?

Eu era estudante de história, sem vocação, e um amigo soube que precisavam de alguém para trabalhar na nova loja da Dazibao em Botafogo. Eu estava com 20 anos e precisava de um trabalho urgente. Fui fazer uma experiência e me identifiquei. Foi um aprendizado sensacional com os donos da Dazibao, Chico e a Graça, e o da Taurus, Jorge, que se juntou a eles para abrir essa loja. Larguei a faculdade e botei na cabeça que teria uma livraria sobre temas cariocas. Na própria loja fiz uma banca com esse nicho que foi tendo um bom apelo. Depois fui, meio como gerente, para a loja que abriram no Paço Imperial e essa ficou bem carregada nesse viés de carioquismo. Eles também tinham uma lojinha no Centro de Arte Helio Oiticica, mas a Dazibao já não estava muito bem e iam entregá-la. Ela tinha um custo muito baixo e me ofereceram.  A Daniela Duarte, que estudou história comigo se juntou e fundamos a Dazibao/Folha Seca. Logo depois a Dazibao acabou, na virada de 97 para 98 e ficou só Folha Seca. A loja era bem pequena e tínhamos fundamentalmente livros de futebol, arte e história do Rio. No final de 2003 alugamos essa loja aqui na rua do Ouvidor e aí juntou a fome com a vontade de comer; o endereço tem tudo a ver com a história do Rio, é a rua mais charmosa da cidade, já abrigou muitas livrarias, respira essa tradição.

Na rua do Ouvidor a Livraria se tornou divulgadora do samba e do choro?

Onde eu estava também foi um lugar bem tradicional do mercado livreiro, a loja do Paulo Brito, meu guru na profissão, era na praça Tiradentes, perto do Helio Oiticica. Mas por estar em um centro cultural havia questões boas e ruins. A mudança para a rua do Ouvidor, para um sobrado do século XIX, com uma rua de pedestres na frente fez a gente encontrar essa vocação. No Helio Oiticica também havia rodas de choro, mas era em um bistrô, dentro do Centro de Arte; e fora era é rua estreita que passa carro. Aqui podemos fazer na rua; tem essa coisa legal de ficar à mercê dos passantes. A intenção é vender livros mas sempre trouxe várias iniciativas, roda de samba, de choro, debates, lançamentos de livros. Já fizemos festa junina. Estou aqui há 14 anos e são poucos os comerciantes mais antigos que eu. Mas temos um grupo que está aqui há 10 anos e tem essa liga, esse companheirismo. Essa região da rua do Ouvidor sempre foi menos glamorosa que aquela a partir da rua 1º de Março. Foi uma área muito marcada pelo mercado de peixe e pelo mercado popular aqui atrás. Quando vim para cá era uma região meio deserta, ninguém abria sábado. Depois que cheguei outros bares abriram, veio uma tabacaria. Formamos um cinturão que sempre chamei de Complexo da Ouvidor. Nessas brincadeiras que faço é fundamental que tenha um esquema bom de comer e beber, o que nunca foi minha especialidade. Não trabalho com isso. Essa vizinhança e essa parceria para mim é fundamental.

Como vê as mudanças urbanísticas para a revitalização do Centro?

Acho que são necessárias mas são sempre em função de interesses imobiliários e políticos, que não os da população. Mesmo as mudanças bem sucedidas, vejo, às vezes, com uma antipatia. O que eu posso dizer do Boulevard Olímpico? Que durante anos a gente foi alijado dessa vista maravilhosa que temos agora. Ao invés de ficar feliz porque ganhamos isso, fico chateado porque durante um bom tempo, por questões militares, questões especulatórias, tenhamos sido privados disso. Hoje vamos andando da Praça XV até a Praça Mauá e é sensancional. Porque nos privaram disso durante anos e anos? Ao mesmo tempo queria que essas transformações operassem mais no dia a dia do trabalhador, do cidadão. Muitas delas foram boas para quem está passeando, curtindo o dia. Da forma como foi feito aqui, dificilmente o VLT será benéfico para o cidadão. Acho que essas reformas são meras maquiagens. Politicamente não interessa mexer nas questões cruciais para as pessoas. O boulevard na avenida Rio Branco está ótimo para passear mas essas coisas têm de estar atreladas a outras melhorias. Ao mesmo tempo que ele fez isso, bagunçou todas as linhas de ônibus, não tem mais um padrão de cor. Faz uma coisa bacana e um monte de merda. Não sou contra o embelezamento, mas isso tem de estar atrelado a uma política de saneamento, de segurança pública. Estamos à mercê de negociações. Agora tem uma polícia bancada pela associação comercial. É um absurdo. Pagamos impostos para ter uma segurança pública. E se uma segurança é paga pelos comerciantes ela só vai defender os comerciantes. Não estou interessado só nisso. As coisas têm de ser coletivizadas.

Como esse cidadão tão carioca vê São Paulo?

Adoro São Paulo, tenho muitos amigos lá. Mas não vou muito. Não vou a lugar nenhum por causa dessa coisa de comércio. Fico atrelado à livraria. Mas nas vezes que fui, foi sensacional. Tem uma estética ligada a um estereótipo de São Paulo que não gosto; essa questão dos negócios, do dinheiro. Mas quando vou vejo pouco isso porque meus amigos não têm essa levada. Como o Rio de Janeiro, tem muita música boa, tanto o contemporâneo como o de antigamente como Paulo Vanzolini. Tenho uma relação com o Brasil muito forte. O único país em que fui é a  Argentina. Foi ótimo, adoro o futebol argentino, gosto da fleugma argentina, gosto do vinho, do tango. Fui a Buenos Aires e, querendo ver as livrarias, para minha surpresa, Paulo Coelho era a coqueluche do momento, estava em todas as bancadas. Isso em 99. Mas tenho muito mais vontade de conhecer o Brasil. Antes de ir a Paris, gostaria de ir a João Pessoa. Antes de ir a Amsterdã queria conhecer o Paraná.

Como são escolhidos os homenageados anuais da Folha Seca?

Por conta da pelada e de outras coisas somos um clube. Em 2009 me dei conta que seria o bicentenário do Paula Brito, uma figura bastante carioca, muito importante para o mercado editorial e para o mundo dos livros no Brasil. Mas ainda muito pouco conhecido. Me dei conta que seria seu bicentenário e que ninguém iria falar nada. Aí pedi a um dos nossos associados mais antigos, o Cassio Loredano, cartunista e caricaturista, meu amigão, para fazer uma caricatura do Paulo Brito. Estava pensando em fazer um banner. Ele chegou com um desenho sensacional e a partir disso combinamos que todo ano haveria um homenageado e ele faria o desenho. A escolha é minha e dele mas geralmente prepondera a vontade dele. Depois homenageamos o Nássara, Nélson Rodrigues, Nélson Cavaquinho, Wilson Batista, Orlando Silva, Pelé, no ano da Copa, Ademar Ferreira da Silva, no das Olimpíadas e este ano o Donga.

Qual foi o problema com a livraria nas Olimpíadas?

Fiz um anúncio no FaceBook  para a roda de choro no Dia de São Jorge e escrevi : “No Ano Olímpico na Folha Seca, venha conhecer o banner de Cassio Loredano”. Na véspera do evento veio um e-mail de uma entidade ligada ao COB, dizia que cometi uma infração, “marketing de emboscada”, que tinha de retirar imediatamente o banner e as inserções na internet. No dia seguinte era a festa e deixei o banner. Comentei com as pessoas e ninguém falou para tirar. Levei em consideração a opinião dos frequentadores da livraria. Depois uma repórter da ESPN Brasil me ligou e pôs a história no site deles. Aí começa todo mundo a compartilhar e liga uma repórter do Globo. Comecei a ficar preocupado mesmo e coloquei uma tarja na palavra olímpico. A repórter veio fotografou e a matéria teve uma repercussão maior. Dias depois recebi um telefonema do comitê e me convidaram para conversar e dirimir o mal entendido. Fui lá e me disseram que realmente eu estava cometendo uma infração, que defendiam os interesses de várias empresas. Contra-argumentei que queria apenas homenagear um evento na minha cidade. Então eles pediram para tirar a tarja, porque estava pegando mal, mas o banner ficou até o fim do ano. A história teve uma repercussão absurda. Dias depois a Lilia Schwarcz e o Dan Stulbach, que fazem um programa de história bacana na televisão, estavam aqui na rua e fui cumprimentá-los e me apresentar. Ele é ator famoso e ela dona da Companhia da Letras, historiadora importante com muitos livros. Mal comecei a falar os dois me deram apoio dizendo que o episódio tinha sido absurdo que tinham compartilhado pelo Twitter.

E você como lida com as redes sociais?

Minha participação é pífia. Não tenho Twiter, não tenho Instagram. Tenho FaceBook mas vou lá raramente. Quando entro no FaceBook me deprimo em dez segundos ao ver a pequenez das pessoas. Elas se gabando do gugu dada do filho, ou que ele equilibrou um negocinho não sei onde. Se jactando do belo bife que comeram. Não gosto dessas coisas. Mas ao mesmo tempo entendo que é uma ferramenta bacana para se manter contato. Mas tem coisas que adoro ver no Facebook.  A minha mãe é quem compartilha na página da livraria os vídeos que faz aqui nas rodas de samba e choro. Tem uma produção enorme de coisas lindas com Zé da Velha, Maurício Carrilho, Thiago Prata, Gabriel Cavalcante. O Samba da Ouvidor começou aqui em frente. Estou há anos para fazer o site da livraria. Sou tão avesso que não consigo pensar nisso. Mas ele está quase pronto. Vamos pôr no ar em breve. A ideia não é vender livros mas divulgar os vídeos das festas que fazemos aqui. Claro, vamos disponibilizar os livros da editora, mas um site de livros não é para mim. Gosto de vender livros na livraria, que as pessoas venham aqui. No futuro talvez a gente disponibilize uma lista, porque tenho uns livros muito diferentes das outras livrarias.

Como foi receber a comanda Pedro Ernesto na Câmara dos Vereadores?

Acho que muitas pessoas antes de mim deveriam ou mereceriam ter recebido. A medalha eu guardo, tá ali na caixinha. Também não gosto de pendurar essas coisas na parede. É importante receber, acho que é um reconhecimento. Foi indicação do então vereador Eliomar Coelho em função da importância que ele atribui à livraria. Achei exagerado mas fiquei feliz. Fomos lá, tiramos uma onda. Meus vizinhos mandaram garçons, comida e bebida e depois da cerimônia fizemos uma festa no Palácio Pedro Ernesto, sem onerar os cofres públicos.

 

2/6/2017