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A tradição do livro didático


Isaque Lerbak, mantêm o livro didático como carro chefe da Livraria Eldorado, mesmo com a concorrência predatória das editoras que vendem direto aos pais de alunos nas escolas  e quebram a cadeia produtiva do livro.

Capixaba, ele veio para o Rio aos 9 anos, e desempenhou vários  papéis no  mercado livreiro carioca; começou limpando livros em uma livraria, foi divulgador de editora, vendedor pracista, até se tornar livreiro, distribuidor e editor. Por sua afeição aos livros, Isaque diz ter gene de traça no seu DNA.

No começo, foi consumidor voraz de gibis; Fantasma, Recruta Zero e obras de Monteiro Lobato. Morador de Inhaúma, subúrbio do Rio,  visitou a primeira livraria aos 23 anos:“Fui lá arrumar emprego e deparei com um mundo de informação que desconhecia”. Depois, mesmo tendo se formado em Biologia e Direito, nunca abandonou o mundo do  livro.

A  livraria Melhoramentos, sua porta de entrada no mercado ficava na Tijuca, bairro nobre do Rio. Anos mais tarde, ele consolidou a carreira como livreiro também na Tijuca  ao comprar, com o sócio Jovaldo de Almeida, a tradicional  Eldorado, primeira livraria do bairro fundada em 1961 por Aurelio de Abreu.

Hoje Isaque , que com Jovaldo  também tem a livraria Copabooks em Copacabana, reside na Tijuca e é figura popular no bairro graças à livraria onde tem entre os clientes celebridades como o compositor Aldir Blanc que o encantou na juventude com os versos da canção O bêbado e a equilibrista; “ caia/ a tarde como um viaduto”, relembra ele.

Ciente da importância da livraria na comunidade, a Eldorado, junto com as livrarias Galileu e Casa Verde, também na Tijuca,  distribuiu livros para a população  durante as comemorações dos 258 anos do bairro em julho deste ano, numa ação coordenada pela AEL, onde Isaque exerce seu segundo mandato consecutivo como tesoureiro.

A Eldorado, como editora, também faz obras sociais  e lançará em breve o livro Um palco e muitas vidas, de Teresa Monteiro sobre a trajetória do ator e diretor Wal Schneider. Cliente da livraria,  ele hoje tem  a ONG  No palco da vida que resgata  a autoestima de jovens  carentes através do teatro, dança e literatura e os leva para apresentações além de suas comunicades.

 

 

Como a Eldorado criou a tradição com o livro didático?

Começou com o sr. Aurélio em 1961, com livros para as escolas da grande Tijuca, e mantivemos essa tradição  quando entramos em 1998. Mas desde a época das apostilas do pré-vestibular o livro didático tem mudado. As escolas criaram os Sistemas de Ensino, que na verdade eram as apostilas que os cursos já usavam. As editoras também passaram a usar essa nomenclatura e a vender Sistemas de Ensino nas escolas. O acesso à tecnologia possibilitou às editoras oferecerem mais serviços via Sistemas de Ensino e paralelo a isso elas vendem livros direto aos pais de alunos nas escolas. Com isso, foram matando os pequenos livreiros que vendiam o livro escolar junto com material de papelaria. Hoje não há mais livrarias no interior do Estado porque elas se sustentavam com  a venda de volta às aulas. Cada editora tem de cinco a dez Sistemas de Ensino e cada vez surgem mais. Para as escolas é vantajoso porque a margem que deveria ficar com as livrarias é dada à elas pelas editoras. A escola que tem a função de ensinar passou a ganhar dinheiro com a venda de Sistemas. Mas como ainda há escolas que trabalham com o livro escolar, conseguimos canalizar para a Eldorado.

Como é a canalização dessa venda?

Buscamos parcerias com  escolas que ainda adotam o livro didático. Se o divulgador da editora faz uma proposta, a escola diz: “ Já trabalhamos com a Eldorado”. Criamos vínculos de mão dupla. Damos assistência na adoção de livros, informamos os que estão esgotados , os que atendem às necessidades do momento. Para algumas escolas  escolhemos os livros, porque elas têm restrições; não adotam paradidáticos com histórias em que os bichos falam, ou com um termo que possa ser tido como palavrão. Lemos o livro antes e o mandamos dentro da temática que vão trabalhar. Não fazemos propostas indecorosas como as editoras, que oferecem ar condicionado, bebedouros, lap-tops em troca da adoção de um livro. Mas em uma olímpiada de matemática damos as medalhas, se a escola nos pede apoio, que vêm com a marca Eldorado.  O mesmo em um campeonato de futebol; damos a camisa com a nossa marca.  Já o divulgador da editora só vai na escola na hora da adoção do livro, depois some. Nós, ao contrário, estamos inseridos naquele ambiente o ano todo. Não sei como a venda de livros nas escolas , muitas vezes ilegal, pode ser contida. Mesmo as que têm alvará para venda não fornecem nota fiscal aos pais. Na livraria toda mercadoria entra e sai com nota fiscal. É difícil fiscalizar porque o livro não gera ICMS, e,  por estar isento, não interessa a ninguém fiscalizar isso.

Como a Eldorado foi afetada pelas novas livrarias da Tijuca?

Quanto mais livrarias há em uma região melhor para o mercado e para todos. Se a Tijuca vira um ponto de referência pelo número de livrarias, os pais vão convergir para lá;  sabem que se não encontrarem o que querem na Eldorado, vão encontrar na Galileu, na Saraiva ou em outra. Essa possibilidade é muito maior do que em um  bairro com uma só livraria.

A crise na UERJ afeta a livraria?

Bastante! As pessoas não têm a dimensão de como a UERJ movimentava a economia dos bairros próximos: Vila Izabel, Grajaú, Tijuca. Nossas vendas de livros universitários caíram absurdamente. Em torno da UERJ nenhuma livraria sobreviveu, nem as de medicina que funcionavam para atender ao Hospital Pedro Ernesto. Se nem os botequins ficaram , imagine as livrarias. Todos dependiam dos alunos da UERJ. Nós conseguimos nos equilibrar com o livro escolar, que continua sendo nosso carro chefe.

A violência e  mudança de muitos tijucanos para a Barra e outros bairros também repercutiu?

Fomos afetados, mas conseguimos minimizar o problema com o serviço de entrega. O tijucano é bairrista e mesmo em outros bairros, quando pensa em livraria, pensa na Eldorado. Não há opções de livrarias escolares lá como a Eldorado. Ou ele vem de carro à loja, ou encomenda por telefone ou pelo site. Durante o ano temos um motoboy, mas na volta às aulas são três e mais um carro que vai para a Barra. O maior volume de entregas é para lá.

Como surgiu o sebo A Caverna do Saber dentro da Eldorado?

A ideia foi minha e do Jovaldo mas o nome foi dado por mim porque fica no subsolo da loja. Era um depósito onde quardávamos qualquer coisa e quando ia lá dizia: “ vou na caverna”. Depois vimos que na loja havia muitos livros que poderiam estar com preço mais baixo. Mas se baixássemos  na própria livraria iríamos criar conflito. Por isso veio a Caverna do Saber, não com livros fora de catálogo mas com livros que estavam envelhecidos. Começamos como ponta de estoque e depois  passamos a comprar livros usados. O sebo tem uma função social; o mesmo livro que está na loja pode ser encontrado ali por dez reais. Se não é possível pagar o preço de um novo você não vai deixar de ler. Na volta às aulas o pessoal de faculdade fica lá embaixo garimpando o que vai precisar. Quanto mais sebos a cidade tiver, menos o conhecimento fica retido em bibliotecas particulares.

A Eldorado faz lançamentos de livros?

Sim, mas  nossos autores geralmente são do bairro e a divulgação fica restrita à região, não repercute. Ali as coisas não acontecem para Botafogo ou Leblon, só para a Tijuca. É uma livraria bem de bairro. Não  fazemos restrições se é de uma editora grande ou independente, mas as editoras grandes não nos procuram; querem o Leblon, Ipanema, Zona Sul. Mas há lançamentos com grandes nomes como Ziraldo. Fizemos uma tarde de autógrafos com ele para o livro As Meninas em dezembro do ano passado, depois do lançamento oficial na Bienal de São Paulo. Deu muita gente. Mas não fizemos divulgação em jornal. Convidamos as escolas da região, os professores. A livraria ficou cheia o dia inteiro com filas para ganhar autógrafo.

A parceria da Eldorado com o   Ziraldo  é antiga?

Conheci o Ziraldo em 83 na primeira Bienal do Rio, no Copacabana Palace. Eu trabalhava na Melhoramentos e ele estava  lançando O menino mais bonito do mundo. Eu estava tomando conta das caixas  descarregadas para a Bienal, comecei a ler um  exemplar do livro e ele apareceu. Me perguntou quem eu era, se identificou como  o autor e pediu minha opinião. O livro não era ilustrado por ele; na primeira parte os desenhos eram de uma criança, a Apoema, e na segunda do artista plástico Samir Mattar. Elogiei, principalmente por também ter ilustrações de uma criança, e continuamos a conversar. Ele gostou de mim e, depois, quando fazia um livro, pedia à Melhoramentos que eu  transportasse os malotes que iam  para a editora e voltavam com as correções para a  sua casa . Essa convivência me deu confiança porque não era uma pessoa qualquer que estava  me dando credibilidade. Ele me dizia: “Você vai ser livreiro.”

Como foi o seu começo na livraria Melhoramentos?

Na livraria eu fazia  de tudo. Era boy, fazia  limpeza. Mas não sabia nada de livros, não podia atender ao público. A maior parte do tempo limpava os livros porque era uma livraria de frente para a rua, recebia muita poeira. Enquanto limpava,  dava uma olhada nas histórias. Com isso fui conhecendo os livros, principalmente a seção infantil, de que gostava muito e era o forte da Melhoramentos. Surgiu uma vaga na divulgação e passei na frente dos que tinham mais tempo de casa porque conhecia mais os livros. Como divulgador tive de ler muito mais por obrigação, mas também por prazer. Era muito bom pegar um livro do Pedro Bandeira, da Marina Colasanti, da Ana Maria Machado. Eu saia com esses autores e aprendi muito com eles. A Ana Maria Machado me ensinou sobre divulgação, a ser mais produtivo. A Marina Colassanti era uma aula de cultura. Era uma escritora top, não tinha tempo para ir às escolas mas na primeira vez que a levei a uma em Caxias, adorou. Era outra realidade para ela. Como tinha uma grande sensibilidade fazia uma leitura que eu não tinha e me dava um feedback. Quando saía com a Maria Dinorah, uma escritora do Rio Grande do Sul, bem velhinha, só ouvia poesia; tudo ela transformava em poesia. Já o Ziraldo foi um grande incentivador da minha vida pessoal, insistia para que estudasse, trabalhasse. Foi um privilégio trabalhar com essas pessoas. Depois surgiu uma vaga e  passei a vendedor da Melhoramentos.

Como vendedor conheceu a maioria dos livreiros do Rio?

Conheci muitos livreiros que trabalham até hoje. Acompanhei a trajetória de alguns como  o Rui, da Livraria da Travessa, que trabalhava com o Chico, a Graça e a Rita na Dazibao. Depois se dividiram; ele ficou com a  livraria da Travessa do Ouvidor. Vi o crescimento daquela loja pequena, estreita. Vi a inauguração da primeira Saraiva carioca na rua  7 de Setembro, depois a da megastore na Ouvidor. O melhor cliente era a Sodiler, que tinha lojas nos aeroportos. O Jovaldo, meu sócio, era comprador deles. Cada livreiro tem  suas características. Lidar com a Dona Vanna, da Leonardo da Vinci foi um aprendizado. Compreendi o humor dela, mas não consegui ter diálogo. Algumas livrarias compravam pouco mas eu ia pelo prazer de visitar. Tinha paixão pela Padrão. O Carlos me dava mais abertura, gostava muito dele; o sr.Alberto era sisudo. Mas depois que o Carlos faleceu tive de falar com o sr. Alberto, e quando você fura a barreira descobre uma pessoa encantadora. Ele me punha sentado em uma cadeira, sentava do lado e falava, falava.  Acabava o mundo, horários de venda, compromissos. Depois ainda dizia : “ Vamos tomar um café alí?”.  Não comprava muito, mas dava prazer ouví-lo. Fazia o pedido e dizia; “ Não está satisfeito? Migalha é pão.” Mesmo depois que deixei de ser vendedor, voltava para tomar café com o Sr. Alberto. Na Freitas Bastos o sr. Mario era uma diversão. Pessoas muito interessantes, cada uma com sua característica.. Na Senador Dantas tinha a Mestre Jou, com um casal de velhinhos. O sr. Laissue da  Livraria Francisco Juan Laissue  era exótico. Eu não tinha muitos livros para ele, que só vendia esotéricos, mas o visitava e ficava olhando aquele acervo. Tinha a Interciência, onde vendi muito. Era bem segmentada e isso me poupava tempo. Me perguntava como uma livraria daquele tamanho sobrevivia no décimo oitavo andar. Já na Saraiva da 7 de Setembro tinha de mostrar todo o catálogo porque era uma livraria geral. Aprendi muito como vendedor. Vi o outro lado das livrarias. A Melhoramentos era minha segunda casa. Me dava muito suporte; ia a Sâo Paulo, às gráficas, convenções.

Por que saiu da Melhoramentos?

Em 1998 o Jovaldo saiu da Sodiler e me convidou para ser sócio da Eldorado. Compramos a livraria mas continuei na Melhoramentos; só ia na loja à noite. Em 2 000 o Freitas comprou a loja da Melhoramentos na Tijuca, que  virou Solário e ficou com a distribuição da editora. Ele sabia que eu tinha a livraria e me dispensou. A partir daí começamos a trabalhar com mais intensidade, em tempo integral na Eldorado. Em 2005  adicionamos a loja em frente, na galeria, maior que a primeira. Participamos de todo evento onde somos convidados; lançamento em teatro, bar, museu; fizemos lançamento até na rua do Lavradio. Também fazemos feiras nas escolas, prática que tínhamos desde a Melhoramentos. Levamos um contador de histórias, animador cultural ou o próprio autor. Isso dá resultado e é bacana ver as crianças porque não temos a cultura dos pais levá-las a uma livraria em um sábado de manhã. Já houve contador de histórias na Eldorado mas tivemos que encerrar porque não havia público. Quando levamos o livro para a escola a criança descobre esse universo que está além do livro didático.Seguimos a música do Milton Nascimento: “ Todo artista tem de ir onde o povo está”.

Com qual função  no mercado livreiro se identificou mais?

Se me perguntar se quero sair do escritório e ir para a loja vou correndo. O melhor lugar do mundo é estar na livraria conversando com o cliente;  vai ouvir histórias fantásticas. Aprendi muito com eles. Cada um tem uma cultura e um conhecimento. No tempo em que ficava na loja houve dias em que tomei seis, sete  cafés sem pagar nenhum; os clientes convidavam para ir na lanchonete da galeria. Minha vontade é voltar a ser esse livreiro que fica conversando com o cliente. Às vezes chegam livros novos e peço para ligar para clientes antigos porque sei que eles vão gostar  São da minha época de atendimento e sei qual a linha deles. Também  é legal ser  identificado na rua pelo cliente. Uma vez em Piratininga estava na praia e o sujeito falava da Eldorado para mim sem saber que eu era o dono. Depois me identifiquei e agradeci os elogios. Outra em uma corrida na Barra um cliente me apresenta como o dono da Eldorado a um garoto de 13 anos. Ele ficou em êxtase, disse que queria que a mãe o levasse mais à livraria, que quando crescesse queria ter uma igual

A Eldorado não vai ter um café como é tendência entre as livrarias?

Não. Estamos na contramão. Hoje todos têm café, cerveja, salgadinhos, violão tocando na livraria. Mas a minha única atração é o livro. Claro que a internet também tem livros, mas o atendimento só há na livraria. O cliente que não está procurando apenas preço, que quer conhecer o livro vai para a livraria. Ele  quer conversar com gente; saber de outros títulos do mesmo autor, qual o próximo lançamento. Esse cliente será sempre da livraria, não vai para a internet. Mesmo que na internet esteja mais barato mantemos o preço de capa do livro. A única exceção é com os livros que vão para a vitrine que ganham 10% de desconto. Saiu da vitrine volta ao preço normal. Não ficamos brigando com preço de internet. Temos uma clientela fiel, bairrista. Há cliente que vê o livro em outra livraria, fotografa, me manda e pergunta se tenho para vender aqui.

Qual o papel da vitrine nas vendas?

Minha monografia no MBA que fiz sobre moda foi sobre vitrine. Mas existe uma diferença entre a vitrine de moda e a de livraria. Eu queria entender como fazer para o cliente olhar para o livro, porque olhar o vestido ou o sapato é fácil. Fazer o cliente parar na frente de uma vitrine e admirar o livro. Quando comecei como livreiro copiei muitas vitrines de outras livrarias. Anotava os livros expostos e fazia na Eldorado. Os livros que estivessem mais vezes nas vitrines dos outros iam para a minha. Depois fui estudando e aprendendo como posicionar. A vitrine é o primeiro vendedor e é um excelente vendedor. Através dela se diz muita coisa. Quando houve aquele episódio em que um menino foi arrastado por um carro dirigido por bandidos na Tijuca fiz uma vitrine no dia seguinte só com livros de capa branca que falavam de amor e coisas suaves. Estava um clima tão pesado que todos entenderam. Com a livraria de bairro ficamos muito próximos do que acontece na região.

Por que, como livreiro, demorou a participar ativamente da AEL?

Estava muito envolvido no dia a dia da loja. A partir de 2 000, quando passei efetivamente a ficar  na Eldorado tinha de fazer com que ela se pagasse o que ainda não acontecia.  Fazia de tudo, desde buscar o livro na editora, dar entrada, até fazer o caixa e varrer o chão depois que fechava. Os funcionários eram apenas para vender os livros. Endendia que a Associação era importante, mas não tinha tempo. Me associei, convidado pela Solange Whehaibe, que então era presidente. Pagava as mensalidades mas não participava das reuniões. Passei a frequentar quando as coisas ficaram mais tranquilas. Uma entidade de classe para as livrarias é muito importante. Nós que trabalhamos em livrarias não nos damos conta mas elas são fundamentais para o município e o estado não só como geradoras de empregos mas como pontos de resistência da cultura. A informação está na livraria. No Google há muita informação errada. Em todas as carreiras, nos vários de níveis de graduação, seja mestrado ou doutorado se passa pela livraria. O Guia de Livrarias da Cidade do Rio de Janeiro lançado pela AEL foi um marco e a campanha Ler + Rio  que vamos fazer em março incentivando a compra de livros em livrarias também será um marco. Espero que possamos ter apoio para fazer um Guia de Livrarias do Estado do Rio de Janeiro. Vai nos mostrar o potencial desse mercado para que nós possamos nos conhecer. Mas quanto mais os livreiros participarem da AEL, mais fortes seremos e mais ideias surgirão  para beneficiar o livro, as livrarias e o público .

 

5/11/2017